Muitos Portugueses não sabem como sair das dívidas. É a dívida do cartão de crédito, a dívida do carro, a dívida do telefone que compraram a prestações, a dívida do empréstimo que pediram para uma emergência que apareceu (ou para umas férias!)
É o teu caso?
Se sim, este artigo vai ajudar-te.
Criei um verdadeiro passo-a-passo que te vai ensinar como podes sair das dívidas e conquistares mais tranquilidade e liberdade financeira.
Independentemente do motivo que te levou a contrair dívidas, está na tua mão acabares com elas e livrares-te desse peso no teu orçamento, bem como dos juros associados que são verdadeiros ladrões do teu dinheiro.
Vamos a isso?
Passo 1 – Muda o teu Mindset
Sair de um processo de endividamento não é fácil e exige bastante compromisso, força de vontade e sentido de missão da tua parte.
Vai ser preciso que alteres comportamentos, rotinas e que abdiques de mordomias e prazeres que tens.
Se queres sair das dívidas tens de interiorizar que tens de mudar o teu estilo de vida e que não podes continuar com os mesmos comportamentos que te levaram até à situação em que te encontras.
Não vais sair das dívidas do dia para a noite, muito menos fazendo as coisas exatamente da mesma forma como fazes agora.
Começa por interiorizar que daqui para a frente as coisas terão de ser diferentes.
É com esse mindset que quero que leias o resto do artigo que escrevi para ti.
Passo 2 – Lista todas as tuas dívidas
Para liquidares todas as tuas dívidas, tens de saber exatamente quanto deves, e a quem.
Só assim é que vais conseguir fazer um plano de desendividamento.
Com a ferramenta com que te sentires mais à vontade (Excel ou papel e caneta), lista todas as tuas dívidas e escreve exatamente quanto te falta pagar do montante que pediste emprestado.
Consegues recolher essa informação nos extratos que as entidades te enviam mensalmente ou nas apps, home banking, portal de cliente, etc.
A informação que tens de procurar é o Capital em Dívida e podes apontar também a taxa mensal que te está a ser cobrada (TAN) e o tipo de crédito que é: crédito automóvel, cartão de crédito, crédito pessoal, etc. Isto vai ser-te útil mais à frente e já vais perceber porquê.
Lê este artigo para ficares a conhecer e perceber os principais termos utilizados nos créditos.
Passo 3 – Organiza as tuas finanças
Muito provavelmente, o motivo que te levou a estares tão endividado foi uma má gestão do teu dinheiro.
E não é só contigo que isso acontece.
Muita gente vive acima das suas possibilidades porque não faz um controlo financeiro ou registo das despesas e não se apercebe que de mês para mês gasta constantemente mais dinheiro que aquele que recebe.
É claro que, com um estilo de vida muito acima daquele que é possível suportar, o endividamento seja a “solução” de muitos Portugueses.
Não tem, nem deve ser assim e é por isso que é tão importante organizares as tuas finanças e saberes exatamente quanto ganhas e qual o valor das tuas despesas fixas obrigatórias.
Só assim é que vais saber se o montante que recebes mensalmente está a dar para pagar o teu estilo de vida, e quanto te sobra depois de todas as tuas despesas pagas.
Podes ler neste artigo o passo-a-passo para te ajudar neste processo de organização das tuas finanças.

Passo 4 – Define um plano de desendividamento
Depois de teres organizado a tua dívida e as tuas finanças, podes começar a trabalhar num plano de desendividamento.
E em que é que ele consiste?
Consiste em definires a estratégia que vais utilizar para acabares de pagar a tua dívida mais rapidamente.
Se te cingires às prestações de pagamento que contrataste (ou seja, o prazo do teu empréstimo) vais pagar muito mais juros do que aqueles que pagarás se encurtares essas mesmas prestações.
Só consegues encurtar essas prestações se liquidares a tua dívida antes do tempo e teres um bom plano de desendividamento permite que isto aconteça.
E agora que está definido o que é um plano de desendividamento vamos ao que considero ser o método mais vantajoso.
Passo 5 – Ataca a dívida mais pequena
Este método funciona bastante bem porque te vai dar motivação e fluxo de caixa para continuares.
Imagina que tens uma dívida no cartão de crédito de 570,00 €, um crédito pessoal de 3.200,00 € e uma dívida de um crédito automóvel de 7.5000,00 €.
Cada uma destas dívidas tem uma prestação mensal associada, correto?
O que eu quero que faças é que, para além da prestação mensal que pagas, comeces a poupar dinheiro para pagares antes do tempo a dívida mais pequena que tens.
No exemplo que dei, o cartão de crédito.
Se te esforçares por pagar a dívida antes do tempo, vais poupar dinheiro em juros, que é literalmente entregares o teu dinheiro ao banco. A partir do momento em que liquidas o capital que está em dívida, a dívida acaba e deixas de pagar os juros!
Foi por isso que te pedi para escreveres o Capital em Dívida de cada uma das dívidas que tens. É este valor que te vai interessar e é sobre este valor que são calculados os juros que pagas todos os meses.
Quando tiveres na tua poupança o dinheiro suficiente para liquidar a tua dívida mais pequena, contacta a instituição financeira, e liquida-a por completo.
Ao fazeres isto, livras-te de uma dívida, da sua prestação mensal e ficas com mais folga no teu orçamento.
E sabes o que deves fazer com o dinheiro que já não vais usar para pagar a prestação da dívida mais pequena que tinhas?
Poupá-lo para liquidar a tua outra dívida, com outras poupanças que vás conseguindo fazer.
No exemplo que dei acima, seria o crédito pessoal.
Depois desta explicação, deu para perceberes o efeito positivo de bola de neve que este método te permite ter num processo de desendividamento?

Passo 6 – Corta em tudo o que puderes
Num processo de desendividamento, todos os euros contam.
Como te disse logo no início, o teu mindset vai ter um papel fundamental neste processo.
Tens mesmo de assumir o compromisso e mudar os teus comportamentos para conseguires sair da espiral de dívidas em que te encontras.
Se não o fizeres, vais continuar exatamente na mesma, ou pior!
Tens de arranjar forma de poupar dinheiro, e de interiorizar que pequenos gestos todos os dias fazem a diferença na poupança no final do mês.
Quando estiveres a organizar as tuas finanças, e estiveres a listar as tuas despesas, irás certamente encontrar despesas que não são obrigatórias: refeições fora, roupa, take-away, ginásio, empregada doméstica, passeios, compras, etc.
São estas coisas que tens de cortar e pequenas mudanças podem fazer toda a diferença:
- Leva almoço ou jantar de casa para o trabalho
- Evita ao máximo o take-away e as refeições fora e come em casa
- Faz compras mais organizadas no supermercado e só do que precisas
- Coloca o consumo em stand-by
- Reduz as saídas com os teus amigos
- Lê este artigo que está carregado de dicas de poupança
Passo 7 – Poupa no início do mês
O ideal é que a poupança para liquidares a tua dívida seja feita no início do mês e num sítio diferente da tua conta à ordem.
Porquê?
Porque se o dinheiro sair da tua conta mal recebes o ordenado, não o irás ver, não vais contar com ele e a probabilidade de o gastares em coisas inúteis é muito menor.
Ao poupares no início do mês, estás a garantir a tua segurança e o teu desendividamento.
Lê este artigo que te explica o passo-a-passo para encontrares um montante de poupança que caiba no teu orçamento.
Aproveita também para reforçar a tua poupança com uma parte dos subsídios de férias e de Natal, de prémios, extras ou reembolsos que possas receber e acelera o teu processo de desendividamento.
Passo 8 – Encontra uma forma de ganhares mais dinheiro
É fundamental que reduzas as tuas despesas, mas se aumentares simultaneamente os teus ganhos vais conseguir resultados muito mais facilmente.
E se o teu orçamento estiver apertado e não souberes mais onde cortar, então tens mesmo de aumentar os teus rendimentos.
Escrevi um artigo que te ensina como podes ganhar mais dinheiro todos os meses.
Passo 9 – Consolida a tua dívida
Se tens várias dívidas diferentes, com taxas diferentes e em instituições diferentes, pondera pedires um crédito pessoal para liquidares tudo e ficares a pagar apenas uma prestação.
Prestação essa que pode ser inferior do que a soma de todas as prestações que pagas.
Uma prestação menor vai dar-te uma folga no orçamento, para que consigas poupar mais dinheiro.
Com o trabalho que fizeste em cima, vais conseguir saber exatamente quanto deves e podes ir à procura de um crédito com uma taxa mais baixa do que aquelas que estás a pagar.
Se tudo isto te parece demasiado trabalhoso ou confuso e preferes não arriscar, pede ajuda a um intermediário de crédito, que te pode ajudar de forma totalmente gratuita.
Eu estou a trabalhar com o Nuno Pimenta e a sua equipa, profissionais que fazem precisamente intermediação de crédito.
Se quiseres que eles te ajudem neste processo de consolidação de crédito, preenche este formulário e aguarda que alguém entre em contacto contigo.
A grande vantagem é que não pagas nada por este serviço – é absolutamente gratuito para ti.
Passei-te muitas estratégias e ferramentas para aprenderes como sair das dívidas, por isso certifica-te que lês todas as minhas sugestões de artigos.
Tenho a certeza que te vão ajudar muito em todos os passos que tens de dar.
Obrigada por estares desse lado.
Cat